Exposição coletiva que reuniu artistas, jornalistas e formadoras de opinião com o intuito de problematizar o corpo da mulher como dispositivo de uma política de gênero opressiva nas suas diferentes esferas.
Inspirado na história da Santa Ágata, uma santa da igreja católica que teve seus seios amputados por não aceitar um casamento, as obras que compõem a mostra – fotos, desenhos e instalações -, localizam no corpo da mulher a prerrogativa para uma bio-política opressora. Uma conduta normativa que institui diferentes comportamentos para cada gênero e indica, até, qual vida deve ser valorizada e qual pode ser violada, hostilizada, punida. É por ela também que se dividem as funções sociais, o direito de estar nos espaços públicos ou privados, as faixas salariais.
Ao transpor essas questões para uma proposta artística, a intenção é universalizar histórias e experiências vividas por cada uma, mas que podem ser de qualquer mulher, em qualquer lugar do mundo. Afinal, a epidemia da subjulgação que atinge a todas, está não só nos casos mais explícitos de violência, mas também nos tratos mais corriqueiros, sustentados pela perversidade da ignorância.
A exposição, que carrega no seu nome uma frase do poema “A mulher é uma construção”, da poeta Angélica Freitas, e coloca as obras em diálogo dentro de uma sala de cirurgia, tem como objetivo manifestar a complexidade da situação da mulher, e como estas questões nos atravessam e nos unem. Além de endossar a agenda de discussão de gênero.
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